Todos os planetas do sistema solar poderiam se alinhar?

por Lucas
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A noção de planetas em nosso sistema solar alinhando-se em uma fila perfeita é mais uma curiosidade para os observadores das estrelas do que um evento celeste frequente. Imagine o seguinte: cada planeta, com sua dança orbital única ao redor do Sol, ocasionalmente alinhando-se em uma linha reta, como dominós cósmicos dispostos na vastidão do espaço. Essa ideia aguça a imaginação, mas, na realidade, as chances são mínimas — realmente, muito mínimas.

Cada planeta gira ao redor do Sol em uma órbita elíptica. Nenhuma órbita é igual; elas variam em forma, velocidade e inclinação. Pegue Mercúrio, por exemplo, girando ao redor do Sol com sua órbita altamente excêntrica (leia-se: em forma de oval) em meros 88 dias. Contrastando com Vênus, cuja órbita lenta e quase redonda leva cerca de 225 dias. A Terra, nossa base, completa seu circuito no que definimos como um ano — 365 dias, mais ou menos um dia bissexto.

Agora, avance além do cinturão de asteroides para os planetas exteriores, onde os anos se estendem pelo que parece uma eternidade. Marte leva cerca de 687 dias terrestres para orbitar o Sol, mas Júpiter? Incríveis 12 anos terrestres. Saturno se deleita em sua jornada, levando 29,5 anos, enquanto Urano e Netuno jogam o jogo longo, com órbitas durando 84 e 165 anos terrestres, respectivamente.

Mas não é apenas o período orbital que complica esse alinhamento celestial; é também a inclinação. A trajetória de cada planeta está inclinada em diferentes graus em relação ao plano da eclíptica—essa é a superfície imaginária e plana que você obteria se pudesse estender a órbita da Terra ao redor do Sol para o espaço. Mercúrio inclina-se cerca de 7 graus, o mais inclinado de todos os planetas, adicionando outra camada de complexidade a qualquer alinhamento potencial.

Apesar dessas probabilidades astronômicas, o céu ainda nos trata com espetáculos menores. Conjunções planetárias, onde dois ou mais planetas aparecem próximos um do outro no céu, são relativamente comuns e oferecem vistas deslumbrantes, mesmo que não sejam o alinhamento planetário completo de nossos sonhos. Por exemplo, Mercúrio e Vênus podem se encontrar na luz pré-amanhecer, ou Marte e Saturno podem compartilhar um momento no pano de fundo de Aquário.

Tais eventos não são apenas para os notívagos ou madrugadores com telescópios; alguns podem ser apreciados a olho nu, adicionando um toque de maravilha cósmica às nossas rotinas terrestres. Marque seus calendários para momentos como Vênus e Marte se aproximando antes do amanhecer ou Júpiter e Urano fazendo um encontro em Áries.

Quanto a todos os planetas alinhando-se em uma fila perfeita, bem, marque 6 de maio de 2492 no seu calendário intergaláctico. É um tiro longo, mas quem sabe? A última vez que algo próximo aconteceu foi em 28 de dezembro de 2022, quando os planetas se reuniram dentro de uma fatia de 153 graus do céu ao pôr do sol—uma reunião cósmica, se não uma fila perfeita.

Enquanto isso, temos os encontros planetários regulares para esperar. Esses alinhamentos celestiais, embora não sejam o desfile planetário completo, nos lembram da natureza dinâmica e sempre em mudança do nosso sistema solar. Eles são um incentivo para olhar para cima e apreciar as maravilhas do céu noturno, mesmo que sejam apenas um par de planetas se encontrando juntos na vasta arena cósmica.

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