Todo mundo conhece os buracos negros como monstros devoradores de matéria e de luz.
Mas isso não é tudo. Esses corpos celestes são um dos objetos mais enigmáticos do universo e tem intrigado os cientistas e amantes da astronomia por décadas.
Mas, o que são os buracos negros?
Um buraco negro é uma região do espaço em que a gravidade exerce uma atração tão
grande que nada – nem mesmo a luz – consegue escapar.
Fica mais fácil de entender quando trazemos em cena a relatividade de Einstein
Segundo a teoria do famoso físico alemão, todos os objetos cósmicos deformam o tecido
do espaço-tempo Quanto mais pesado é um objeto, mais ele afunda esse tecido, criando o que chamamos de gravidade.
Um pequeno objeto como a Terra causa apenas uma pequena distorção no espaço-tempo
Uma estrela como o Sol já deforma mais. E o que dizer de um objeto muito, mas muito pesado?
Se você espremer uma massa específica em um espaço pequeno o suficiente, haverá um
colapso.
Temos então um buraco negro, cuja deformação no espaço-tempo é infinita.
Por exemplo, se pudéssemos espremer a terra até que o seu tamanho não seja maior que
uma bola de tênis, poderíamos criar uma singularidade gravitacional.
O limite do buraco negro é conhecido como “horizonte de eventos” – o ponto sem
retorno.
Se alguma coisa ultrapassa esse limite, ela nunca mais poderá retornar ao exterior.
O seu centro possui uma singularidade – um ponto de densidade infinita de espaço-tempo
infinitamente curvo. Um buraco negro possui tanta massa e atração gravitacional que os raios de luz que passam por ali acabam presos.
Se você pudesse iluminar um buraco negro com uma lanterna potente, ele continuaria
escuro, pois estaria sugando os raios de luz do equipamento.
Mas isso não é o mais interessante sobre esses monstros cósmicos.
Conforme provado pela teoria da relatividade de Einstein, espaço e tempo estão relacionados e um buraco negro não destroça apenas matéria.
Ele devora o tempo. Quanto mais um objeto “afunda” o tecido do espaço-tempo, mais devagar o tempo passa nesse objeto.
Se fosse possível você se aproximar do centro de um buraco negro,
Um segundo para você seria o equivalente a muitos anos aqui na Terra, conforme foi mostrado pelo filme Interestelar, de Christopher Nolan.
Imagine que você está em um buraco negro, E alguém com um telescópio super-poderoso
pudesse observar o centro do objeto, Essa pessoa veria seu corpo como uma estátua,
precisando ficar observando um século para enxergar apenas uma piscada de olho sua.
E não é tudo.
A cada centímetro que você vai caindo em direção ao fundo do buraco negro, maior
é esse déficit temporal. Ande o suficiente e um segundo para você vai se passar um milhão de anos na Terra… depois um bilhão… Até que, dependendo da massa do buraco negro,
quando você voltar não haverá nem Terra, nem Sol, e nenhuma estrela acesa.
O universo terá acabado e você veria apenas um mar inóspito de radiação.
De certa forma é como se viajássemos no tempo, em direção ao futuro.
Os buracos negros não emitem luz, então não há como vê-los diretamente.
No entanto, os astrônomos são capazes de saber sobre sua existência ao observar estrelas
sendo sugadas como a água da torneira na sua pia do banheiro.
Quando este material gira em torno do buraco negro, ele se aquece devido ao atrito;
Isso emite raios X, que podem ser detectados da Terra. Recentemente, os pesquisadores divulgaram a primeira fotografia real de um desses objetos, onde é possível vê-lo cercado por um disco de gás.
O nascimento de um buraco negro é um dos fenômenos mais impressionantes do cosmos.
Quando uma estrela suficientemente pesada não consegue mais produzir energia, ela explode
Temos uma supernova.
As camadas exteriores da estrela são jogadas para longe em um evento de magnitude sem igual e o núcleo restante se contrai por causa da gravidade.
Se a estrela for pesada o suficiente, nada pode parar esta contração e ela colapsa sobre si mesma.
Temos um buraco negro de massa estelar.
Mas também há buracos negros gigantescos, com massas iguais a milhões de sóis.
Esses corpos celestes estão localizados no centro da maioria das galáxias,
Inclusive a nossa Via Láctea. Estes foram formados nos primórdios do universo.
Cientistas como Stephen Hawking passaram décadas tentando entender mais sobre a natureza peculiar dos buracos negros.
O célebre cientista chegou a dizer que se pudéssemos compreender totalmente como eles
desafiam a natureza do espaço e do tempo, seríamos capazes de desvendar muitos segredos do universo.
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