A NASA ainda não consegue abrir o recipiente contendo amostra de asteróide dois meses após a descoberta

por Lucas
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Em 2020, a NASA alcançou um marco significativo na exploração espacial ao coletar amostras do asteroide Bennu. Essa missão, conhecida como OSIRIS-REx, transportou com sucesso fragmentos deste asteroide próximo à Terra de volta para a Terra, pousando no deserto de Utah. Acredita-se que essas amostras contenham informações cruciais sobre a origem do sistema solar e a formação do nosso planeta.

No entanto, a NASA encontrou dificuldades inesperadas para acessar essas amostras. Desde a chegada do recipiente, a agência espacial tem lutado para abri-lo devido a problemas com a cabeça TAGSAM (Mecanismo de Aquisição de Amostras Touch-and-Go), que mantém os fragmentos do asteroide de forma segura.

A cápsula de amostra OSIRIS-REx pousou na Terra em setembro.

A cápsula de amostra OSIRIS-REx pousou na Terra em setembro.

A cabeça TAGSAM, projetada para preservar os fragmentos do asteroide durante a viagem de volta à Terra, provou ser difícil de abrir. A equipe de curadoria da NASA encontrou desafios com dois dos 35 fixadores, que não podem ser removidos com as ferramentas atuais disponíveis na caixa de luvas OSIRIS-REx. Esta caixa de luvas, onde a amostra está sendo manuseada, é projetada para evitar contaminação, mantendo um fluxo de nitrogênio. Como resultado, a maior parte da amostra de Bennu permanece inacessível, atrasando análises e pesquisas adicionais.

Sucessos Intermediários e Análise Preliminar

Apesar desses desafios, a missão não foi totalmente impedida. A equipe de curadoria conseguiu coletar algum material do lado de fora da cabeça TAGSAM. Na inspeção inicial, poeira e detritos pretos foram descobertos no convés de aviônica do recipiente. A equipe também conseguiu recuperar algum material de dentro do recipiente usando pinças e uma pá, tomando cuidado para segurar a aba de mylar da cabeça TAGSAM.

Esta coleta intermediária superou o objetivo inicial da NASA de adquirir 60 gramas de material da superfície de Bennu. Até agora, a quantidade total de amostra de asteroide coletada é estimada em 250 gramas de rocha e poeira. Em outubro, a NASA apresentou essas amostras ao público, oferecendo um vislumbre do sucesso da missão até agora.

Detritos do asteróide Bennu na parte externa do coletor de amostras OSIRIS-REx.

Detritos do asteróide Bennu na parte externa do coletor de amostras OSIRIS-REx.

Uma análise inicial dessas amostras revelou resultados promissores, revelando uma abundância de moléculas de carbono e água. Essa descoberta apoia a hipótese de que asteroides como Bennu podem ter contribuído para entregar os blocos de construção da vida à Terra. Os cientistas permanecem ansiosos para acessar o restante das amostras, que poderiam fornecer mais evidências para apoiar essa teoria e oferecer insights mais profundos sobre as origens do nosso sistema solar.

Esforços Contínuos e Perspectivas Futuras

Reconhecendo a importância dessas amostras, a NASA não desistiu de acessar o material restante dentro da cabeça TAGSAM. A agência espacial suspendeu temporariamente as tentativas de abrir o recipiente com as ferramentas existentes. Em vez disso, está se concentrando no projeto, desenvolvimento e teste de novas ferramentas feitas de materiais compatíveis com a prevenção de contaminação. Esses esforços visam extrair com segurança as amostras restantes sem arriscar contaminação, o que poderia comprometer a integridade científica dos dados.

Membros da equipe de curadoria da NASA, juntamente com especialistas em recuperação da Lockheed Martin, removendo a tampa do recipiente.

Membros da equipe de curadoria da NASA, juntamente com especialistas em recuperação da Lockheed Martin, removendo a tampa do recipiente.

A NASA prevê que essas novas ferramentas estarão prontas no primeiro trimestre de 2024. Uma vez que o recipiente seja aberto com sucesso, a equipe de curadoria do Centro Espacial Johnson da NASA planeja extrair, pesar e inventariar as amostras. Posteriormente, partes do asteroide Bennu serão distribuídas a equipes científicas internacionais para análise abrangente.

A missão, que custou 1,16 bilhão de dólares, já provou seu valor através da análise inicial das amostras disponíveis. No entanto, o potencial total das amostras de Bennu permanece trancado dentro da cabeça TAGSAM. Cientistas de todo o mundo têm esperança de que, uma vez aberto o recipiente, ele revelará novos conhecimentos sobre as origens do nosso sistema estelar, respondendo a perguntas de longa data sobre o papel dos asteroides na formação de planetas e da vida.

Fonte: Gizmodo

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6 comentários

João silve 21/12/2023 - 12:27

Mas como esse pedaço de Rocha entrou nessa caixa? Mistério.

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José Arlindo Muianga 21/12/2023 - 22:14

Querem forçar algo não quer ser revelado, cuidado contaminarem o planeta Terra com algo incontrolável

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Cisso Pazei 23/12/2023 - 05:49

Eu não consigo acreditar em contos de fadas lombisomem e Saci Pererê, seria um absurdo acreditar que essa sonda foi lá num asteroide bateu nele e voltou para a terra, acreditar nisso seria uma insanidade da minha parte igual dizer que o homem foi a Lua nos anos 60 onde a tecnologia era rústica e nesse tempo até os carros era igual umas carroças velhas.

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Jair ferreira 25/12/2023 - 12:30

Qt dinheiro jogado fora.e n vão conseguir nada.sera q querem um lugar futuro p morar qd eles(os homens) destruir a terra.e escapar do juízo divino?que n falhará.

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Celso 24/12/2023 - 13:29

Aí contrataram um cara pra desenvolver uma trava especial, depois de pronto mandaram o cara embora. Agora se virem pra desenvolver uma ferramenta pra destravar hahahaha

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Paulo Gomes 24/12/2023 - 15:31

Essa missões espaciais dos últimos 50 anos tem sido compartilhadas por americanos, russos, europeus e, mais recentemente, por chineses e indianos. Mas alguns querem desacreditar o trabalho de parte desse restrito clube, especificamente os norteamericanos, numa ação notadamente ideológica, visto que o trabalho dos demais membros nunca é contestado. Uma infantilidade, por assim dizer.

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