A Terra recebeu uma mensagem a laser de 16 milhões de quilômetros de distância

por Lucas
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A NASA tem se envolvido em coisas bastante incríveis ultimamente: Eles têm enviado mensagens pelo espaço, não com as antigas ondas de rádio às quais estamos acostumados, mas com feixes de laser. Sim, você ouviu certo, lasers! E não são quaisquer lasers, mas sim aqueles que viajaram quase 16 milhões de quilômetros. Isso é como ir até a Lua e voltar, e mais um pouco, cerca de 40 vezes. Essa proeza da era espacial aconteceu em novembro de 2023, marcando um primeiro na história da comunicação espacial.

Então, por que lasers, você deve estar se perguntando? Bem, tudo se resume à necessidade de velocidade. Os lasers usam luz, coisas de alta frequência, que podem carregar muito mais dados do que sua onda de rádio comum. Pense em selfies ultra HD do rover em Marte e vídeo em tempo real do Planeta Vermelho, sem aquele delay irritante.

Todo esse espetáculo de laser fez parte do projeto de Comunicações Ópticas no Espaço Profundo (DSOC, na sigla em inglês) que a NASA tem em andamento. Quando eles conseguiram fazer o sistema funcionar, eles chamaram de “primeira luz”. Trudy Kortes, a grande chefe das Demonstrações de Tecnologia na NASA, disse: “Isso é apenas o começo. Estamos abrindo caminho para enviar todo tipo de coisa legal pelo espaço, como imagens de alta definição e vídeo ao vivo. É um grande salto para a humanidade, pessoal.”

A tecnologia por trás disso é complexa. É como as fibras ópticas que nos dão internet ultrarrápida, mas turbinadas para a vastidão do espaço. E como estão usando luz infravermelha, os engenheiros podem embalar essas ondas em um feixe de laser, o que é muito mais eficiente do que espalhar ondas de rádio por toda parte. É como usar um rifle de precisão em vez de uma espingarda; você usa menos energia e é mais difícil para os alienígenas (ou quem quer que seja) bisbilhotarem.

Mas aqui está o truque: codificar dados em fótons (essas são as partículas de luz, aliás) não é nada fácil. Você precisa de um hardware sério, como um arranjo de detectores mais frio do que o lado escuro da Lua, para capturar esses bits de luz e fazer sentido deles.

E o espaço não é exatamente um campo de tiro estável. O teste que fizeram envolveu enviar feixes de laser de uma nave espacial acelerando em direção ao cinturão de asteroides para um telescópio de volta à Terra. Esses fótons estavam em uma viagem interstelar de 50 segundos, com tanto o emissor quanto o receptor se movendo pelo espaço.

A nave espacial que está brincando de tag de laser com a Terra se chama Psyche, e está em uma missão para explorar o cinturão de asteroides. Ela se conectou com o Telescópio Hale na ensolarada Califórnia para este teste. E eles ainda não terminaram. Psyche estará passando por Marte, e a NASA planeja continuar testando esse sistema de comunicação por laser para torná-lo mais confiável.

Meera Srinivasan, que está no comando das operações DSOC no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, resumiu: “Isso não foi uma pequena conquista. Temos muito trabalho pela frente, mas por um breve momento, fizemos funcionar. Enviamos dados pela vastidão do espaço e os decodificamos na outra extremidade.”

Então, é isso. A NASA não está apenas enviando robôs para outros planetas; eles estão estabelecendo os cabos de internet cósmicos para o futuro. Quem sabe, talvez um dia estaremos assistindo a reality shows marcianos.

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1 comentário

Francisco das Chagas 18/03/2024 - 10:01

A NASA,deveria era se preocupar em evitar a decemi ação,da vida humana na terra em termos de proibir as rimas nucleares, guerra por terras, é agir em devastar o inimigo chamado FOME que assola o mundo, não só ver o espaço, é sim olha para criar projetos aqui onde vivemos,

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