Substância essencial usada na química há anos não existe e choca cientistas

por Lucas
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Em 2018, uma descoberta notável surgiu de uma fonte inesperada. Pesquisadores, inicialmente focados em reduzir emissões de mercúrio em refinarias de alumina usando soluções de sulfeto, tropeçaram em uma revelação inovadora no campo da química. Sua investigação os levou a desafiar uma suposição de longa data sobre a existência de um determinado íon, alterando fundamentalmente a paisagem do conhecimento químico.

Essa equipe de cientistas embarcou em sua jornada com o objetivo de melhorar o meio ambiente, visando a redução de emissões perigosas de mercúrio. Durante esse processo, sua atenção voltou-se para o íon sulfeto (S2–). Este íon, conhecido por existir em várias formas, havia sido tradicionalmente acreditado como existente em solução aquosa – com água como solvente.

Por muitos anos, químicos em todo o mundo aceitaram a presença desse íon em solução aquosa, denotado como S2–(aq), como um dado. Essa suposição estava profundamente enraizada em cálculos químicos e ensinamentos acadêmicos. No entanto, o uso de um espectrômetro Raman pela equipe de pesquisa – um instrumento sofisticado que mede energia vibracional em amostras através de luz dispersa – levou a uma descoberta surpreendente. Apesar dos esforços exaustivos, a presença de S2–(aq) não foi detectada.

 Substância essencial usada na química há anos não existe e choca cientistas

Os achados da equipe, conforme observado em seu artigo publicado, representaram um evento raro em empreendimentos científicos modernos – um problema químico simples que desafiou até os instrumentos mais avançados. A existência assumida de S2–(aq) não era apenas um pequeno descuido, mas um erro significativo e de longa data no entendimento científico.

Destacando a importância de sua descoberta, os pesquisadores enfatizaram que a comunidade química precisava descartar completamente a noção da existência desse íon em forma aquosa. Esse erro, originário de décadas atrás, desde então era um pilar em pesquisas e cálculos químicos. O Dr. Darren Rowland, coautor do estudo, sublinhou as implicações de suas descobertas. Ele apontou que cálculos básicos de química, particularmente aqueles que preveem a dissolução e reação de minerais de sulfeto em água, estavam falhos devido a essa suposição errônea.

O Dr. Rowland expressou esperança de que suas descobertas seriam logo integradas em cálculos químicos, embora tenha reconhecido que apenas o tempo revelaria o verdadeiro impacto de sua descoberta. Seu trabalho, um testemunho da natureza sempre evolutiva do conhecimento científico, está detalhado na revista Chemical Communications. Esta descoberta não só retifica um erro de longa data na química, mas também serve como um lembrete da busca contínua pela verdade e precisão na ciência.

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