Sinais de vida vindos da lua de Saturno poderiam ser coletados com espaçonaves

por Lucas
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Uma experiência recente mostrou que aminoácidos, potencialmente indicando sinais de vida, poderiam sobreviver ao impacto com uma nave espacial, fornecendo insights valiosos para futuras missões espaciais. Essa descoberta foi inspirada por observações da sonda Cassini da NASA, que identificou plumas de gelo ejetando da lua de Saturno Encélado a aproximadamente 1.448 quilômetros por hora. Esses gêiseres provavelmente originarem-se de um vasto oceano subterrâneo, elevando a possibilidade de que eles contenham moléculas orgânicas.

A necessidade de um método para coletar e estudar essas moléculas orgânicas sem destruí-las levou a esta experiência inovadora. No laboratório, os pesquisadores usaram uma agulha de alta voltagem para criar partículas de gelo a partir da água. Essas partículas foram então cristalizadas em um vácuo e propulsadas através de um espectrômetro para análise detalhada. Os resultados foram significativos: aminoácidos dentro dos grãos de gelo permaneceram intactos mesmo em velocidades de impacto de até 15.128 quilômetros por hora, sugerindo que eles poderiam resistir ao contato com uma nave espacial.

Essa descoberta é importante para os astrobiólogos e cientistas que estão ansiosos para estudar o gelo extraterrestre em busca de sinais de vida. Garantir que os grãos de gelo e seus conteúdos permaneçam intactos após a coleta é fundamental para analisar e compreender os compostos neles contidos. Conforme observou Robert Continetti, químico da Universidade da Califórnia em San Diego e colaborador da pesquisa, seu trabalho demonstra a viabilidade de obter e estudar grãos de gelo intactos de Encélado.

Além disso, as implicações dessa pesquisa se estendem além de Encélado. Outras luas com água, como Europa de Júpiter, também podem conter aminoácidos semelhantes. Por exemplo, a missão futura Europa Clipper poderia potencialmente se beneficiar desta pesquisa, pois visa estudar os grãos de gelo em Europa.

Essa pesquisa significativa foi publicada em 4 de dezembro na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

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