Um homem está “enterrado” na Lua: quem é ele e por que está no nosso satélite?

por Lucas
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Eugene Shoemaker, comumente referido como “Gene”, foi um geólogo americano e uma figura pioneira no campo da ciência planetária. Seu nascimento ocorreu em Los Angeles em 28 de abril de 1928. A jornada acadêmica de Shoemaker o levou à Universidade de Princeton, onde ele completou sua tese de doutorado em 1960, focando na Cratera Barringer perto de Winslow, Arizona, criada pelo impacto de um meteorito.

As contribuições de Shoemaker para a ciência se estenderam significativamente em várias direções. Ele desempenhou um papel crucial ao demonstrar que as crateras na Lua foram o resultado de impactos de meteoritos. Essa descoberta foi integral para as missões Lunar Ranger, que visavam explorar mais de perto o nosso satélite. Além de seus estudos lunares, a carreira de Shoemaker foi marcada por um profundo envolvimento com a astrogeologia. Em 1961, ele fundou o Programa de Pesquisa em Astrogeologia no Serviço Geológico dos Estados Unidos e atuou como seu primeiro diretor. Seu trabalho nesse domínio foi fundamental e expandiu significativamente a compreensão da ciência planetária.

O interesse de Shoemaker em corpos celestes não se limitava à Lua. Na Universidade Caltech, ele embarcou em uma busca sistemática por asteroides que cruzavam a órbita da Terra. Seus esforços levaram à descoberta de várias famílias de asteroides, incluindo os notáveis asteroides Apollo. Essas descobertas foram cruciais para avançar nossa compreensão dos objetos próximos à Terra e seu potencial impacto em nosso planeta.

Além de suas buscas científicas, Eugene Shoemaker alimentava aspirações de se tornar astronauta. Ele foi um candidato potencial para as missões Apollo e poderia ter sido o primeiro geólogo a caminhar na Lua. No entanto, um distúrbio na glândula adrenal o tornou inelegível para viagens espaciais. Apesar desse revés, a conexão de Shoemaker com a Lua permaneceu profunda.

A vida de Eugene Shoemaker chegou a um fim prematuro em um acidente de carro em 18 de julho de 1997. Em um gesto que simbolizava sua ligação duradoura com a Lua, uma parte de suas cinzas foi levada a bordo da sonda Lunar Prospector. Em 31 de julho de 1999, essas cinzas foram espalhadas no polo sul da Lua, tornando Shoemaker o único ser humano a ser “enterrado” na superfície lunar, segundo o Tiempo. Seus restos mortais foram colocados em uma cápsula de folha de latão, gravada com imagens do Cometa Hale-Bopp, da Cratera Barringer e uma citação de “Romeu e Julieta” de Shakespeare.

O legado de Shoemaker na ciência planetária é ainda mais comemorado através da renomeação da sonda espacial de Encontro com Asteroides Próximos à Terra como “NEAR Shoemaker”. Essa homenagem reflete a significância de suas contribuições para o estudo de crateras de impacto na Terra, em outros planetas do sistema solar e na Lua. Sua descoberta do cometa Shoemaker-Levy 9 em 1993, ao lado de sua esposa Carolyn e David Levy, marcou outro destaque de sua carreira. Esse cometa foi notavelmente observado em 1994 ao colidir com Júpiter, fornecendo informações valiosas sobre dinâmicas celestes e interações.

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1 comentário

Eduardo 18/01/2024 - 18:51

Morte PREMATURA com 69 anos de idade não dá né. Foi uma morte ACIDENTAL (por acidente) seria o termo ideal. De acordo com o próprio texto ele não foi ENTERRADO, mas sim PULVERIZADO na superfície lunar. O assunto é interessante mas o redator carece de precisão no relato.

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