O Furacão Beryl, uma tempestade que se intensificou rapidamente, atingiu a Categoria 5, estabelecendo um novo recorde como o furacão mais precoce a alcançar essa categoria no Atlântico. Isso supera o Furacão Emily, que chegou à Categoria 5 em 16 de julho de 2005. Beryl atingiu a costa na segunda-feira, 1º de julho de 2024, na ilha grenadina de Carriacou, com ventos sustentados máximos de 241 km/h, os mais fortes já registrados na área. Inicialmente um furacão de Categoria 3, Beryl intensificou-se para a Categoria 4 e eventualmente para a Categoria 5 ao encontrar as águas quentes do Mar do Caribe.
A rápida intensificação de Beryl é atribuída às temperaturas anormalmente altas da superfície do mar e ao conteúdo de calor oceânico, condições geralmente observadas no pico da temporada de furacões no final de agosto e início de setembro. Essa escalada rápida de uma tempestade tropical para um furacão de Categoria 3 destaca o impacto significativo das condições oceânicas no desenvolvimento das tempestades. O especialista em furacões Philip Klotzbach observou que o conteúdo de calor do Oceano do Caribe atualmente corresponde aos níveis geralmente observados em meados de setembro, contribuindo para a intensificação sem precedentes de Beryl.
O Centro Nacional de Furacões (NHC) classificou Beryl como um furacão potencialmente catastrófico de Categoria 5. Em 2 de julho de 2026, às 06 UTC, Beryl estava localizado a 715 km a leste-sudeste da Ilha Beata, na República Dominicana, e a 1245 km a leste de Kingston, na Jamaica. O furacão apresentava ventos sustentados máximos de 270 km/h com rajadas mais fortes, movendo-se para o oeste-noroeste a 35 km/h, e tinha uma pressão central mínima de 938 hPa. Com esses ventos sustentados, Beryl agora é o furacão mais forte já registrado no mês de julho no Atlântico.
Onda leste e áreas monitoradas pelo NHC por 7 dias vistas em amarelo, próximo a Berly em vermelho. NHC
O desenvolvimento e a intensidade de Beryl são vistos como indicativos de uma possível nova normalidade na atividade de furacões, impulsionada pelo aquecimento global antropogênico. A ocorrência de tempestades tão poderosas no início da temporada sugere uma tendência de furacões mais frequentes e intensos. Especialistas estão considerando agora a implementação de uma nova categoria para superfuracões, Categoria 6, em resposta ao aumento da intensidade dessas tempestades.
As regiões de Hispaniola, Jamaica, Ilhas Cayman e Península de Yucatán estão projetadas para estar na trajetória de Beryl nos próximos dias. Espera-se que o impacto da tempestade seja severo, com ventos fortes, chuvas intensas e potencial para danos significativos nessas áreas. As autoridades estão instando os residentes a se prepararem para a chegada da tempestade e a seguirem quaisquer ordens de evacuação.
Furacão Beryl na manhã desse segunda (2) | Windy
Após Beryl, outro sistema, o Invest 96L, está se desenvolvendo no Atlântico. Esta onda oriental, localizada a vários centenas de quilômetros a leste-sudeste das Ilhas de Barlavento, está produzindo chuvas e tempestades desorganizadas. Embora as condições ambientais sejam apenas marginalmente favoráveis para o desenvolvimento adicional, permanece a possibilidade de que uma depressão tropical se forme nos próximos dias à medida que o sistema se move para oeste através do Atlântico tropical central e ocidental. Os residentes das Pequenas Antilhas são aconselhados a monitorar de perto o progresso do Invest 96L.
A formação precoce de tempestades tão intensas levanta preocupações sobre os efeitos contínuos das mudanças climáticas na atividade de furacões. À medida que as temperaturas da superfície do mar continuam a subir, aumenta o potencial para furacões mais frequentes e poderosos.
