Hacker revela os horrores que existem nos porões da Dark Web

por Lucas
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O submundo digital conhecido como Dark Web recentemente se tornou o foco de atenção após revelações feitas por um hacker experiente, lançando luz sobre as atividades que ocorrem neste segmento obscuro da internet. Utilizando o anonimato, este canto da web é um refúgio para cibercriminosos, incluindo hackers, assassinos de aluguel e traficantes de drogas.

Um hacker anônimo, ocultando sua identidade com uma máscara durante suas revelações, detalhou a extensão dos empreendimentos criminais dentro da Dark Web. Este indivíduo, que transitou de cibercriminoso para um hacker ‘White Hat’ – aquele que utiliza suas habilidades para fins legais e éticos – destacou a exploração e manipulação prevalentes neste domínio digital. De acordo com suas declarações, menores são particularmente vulneráveis, sendo preparados para papéis no tráfico de drogas, redes de pedofilia ou até mesmo recrutamento por facções terroristas e extremistas.

A Dark Web, acessível através de plataformas específicas como i2p, FreeNet e Tor (The Onion Router), constitui meros 0,1% do total da internet, no entanto, seu impacto e a amplitude das atividades ilegais que abriga são significativos. Tor, conhecido por seus sites criptografados e um sistema de segurança multicamadas, oferece aos usuários anonimato, tornando-se um portal preferencial para a Dark Web. Pesquisas indicam que Tor tem aproximadamente 2,6 milhões de usuários diários, com uma parte substancial de seu tráfego direcionada para conteúdo ilegal e prejudicial, incluindo pornografia e material de abuso sexual infantil. Isso foi enfatizado por um estudo conduzido pela Universidade Nacional Australiana, que foi discutido no site The Conversation.

Apesar das atividades nefastas, a Dark Web é distinta da Deep Web, que representa cerca de 90% da internet. A Deep Web inclui páginas não indexadas inacessíveis ao público geral, mas não necessariamente associadas a atividades ilegais.

A jornada do hacker, de se envolver em cibercrimes para ganho pessoal a adotar um papel que contribui positivamente para a sociedade, sublinha uma transformação dentro do mundo cibercriminal. Essa mudança destaca um espectro mais amplo de hackers, daqueles que exploram vulnerabilidades para fins ilícitos àqueles que visam aprimorar a cibersegurança e perseguir criminosos online.

O discurso em torno da Dark Web também toca na evolução da ciberguerra e do cibercrime. O hacker apontou para a mudança de dinâmicas de conflitos e crimes internacionais, onde danos significativos agora podem ser infligidos não por meios tradicionais, mas através de codificação e hacking habilidosos, requerendo recursos financeiros mínimos em comparação com a guerra convencional.

Uma das ameaças prevalentes mencionadas é o ransomware, um software malicioso que bloqueia o acesso a sistemas de computadores, efetivamente mantendo dados ou sistemas como reféns até que um resgate seja pago. Esta forma de ataque cibernético tornou-se um empreendimento lucrativo para hackers, visando não apenas grandes corporações, mas cada vez mais entidades menores que carecem de defesas robustas de cibersegurança.

As revelações feitas pelo hacker, inicialmente cobertas pela VICE em 2021 e recentemente ressurgindo online, reacenderam discussões sobre os perigos da Dark Web e a batalha contínua entre cibercriminosos e aqueles encarregados de salvaguardar espaços digitais.

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