Vírus gigantes foram descobertos sob a superfície da Terra

por Lucas
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Cientistas da Universidade de Massachusetts e do Instituto Max Planck para Pesquisa Médica, descobriram uma coleção surpreendente de vírus gigantes em uma floresta perto de Harvard.

Esses micróbios, em número de 350 e variando de 220 a 1.200 nanômetros de diâmetro, exibem características morfológicas únicas, nunca antes observadas no mundo científico. De camadas externas em forma de estrela a apêndices tubulares, essas características estão remodelando nosso entendimento da biologia viral. Essa pesquisa seminal, publicada no bioRXiv, representa um avanço significativo na nossa compreensão da diversidade viral.

Micróbios Colossais

Os vírus gigantes são conhecidos por infectar organismos unicelulares. No entanto, essas variantes recém-descobertas geraram um debate na comunidade científica sobre suas potenciais interações com animais ou humanos. Superando em tamanho os vírus típicos, esses gigantes são visíveis sob microscopia eletrônica. Suas formas únicas levaram a apelidos caprichosos como “estrela de Natal”, “Tartaruga” e “Górgona”. Essas descobertas sugerem uma vasta diversidade genética e estrutural dentro dos vírus, desafiando percepções tradicionais e abrindo um domínio amplamente inexplorado na virologia ambiental.

(a) “tipo Mimi”. (b) “Supernova”. (c) “Corte de cabelo”. (d) “Tartaruga”. (e) “Encanador”. (f) «Estrela de Natal». (g) "Flacão" h) “Górgona”. i) - k) grande com estruturas col.

(a) “tipo Mimi”. (b) “Supernova”. (c) “Corte de cabelo”. (d) “Tartaruga”. (e) “Encanador”. (f) «Estrela de Natal». (g) “Flacão” h) “Górgona”. i) – k) grande com estruturas col.

A origem desses vírus gigantes permanece um mistério. Eles não estão confinados aos solos florestais, mas são encontrados em ambientes variados, incluindo oceanos e permafrost. O Pithovirus sibericum, por exemplo, foi ressuscitado após estar congelado por 30.000 anos. Esse tipo de vírus é conhecido há décadas, com o vírus da varíola sendo um exemplo notável devido ao seu tamanho comparável a pequenas bactérias. A evolução para tamanhos maiores nesses vírus provavelmente decorre de sua reduzida dependência dos mecanismos internos da célula hospedeira.

Uma Nova Era na Evolução e Diversidade Viral

A evolução para vírus maiores está ligada à necessidade de integrar funções que não podem ser usurpadas da célula hospedeira. No entanto, desde os anos 2000, surgiu uma nova categoria de vírus ainda maiores, com genomas consideravelmente maiores. Entre eles, o Mimivirus foi um dos primeiros identificados, possuindo um genoma maior que alguns tipos de bactérias e um tamanho comparável a uma célula bacteriana. Seu nome, derivado de “mímico”, reflete sua história de ser confundido com uma bactéria devido ao seu tamanho.

Essa descoberta não é apenas um marco no entendimento da biodiversidade viral; ela também sublinha a necessidade de mais pesquisas para compreender seu impacto na saúde humana e nos ecossistemas. A possibilidade de existirem vírus gigantes semelhantes em solos ao redor do mundo, aliada à percepção de que milhões de vírus ainda estão por ser catalogados, destaca a importância desta nova era na descoberta viral.

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