Buraco negro que consome massa do ‘Sol e de todos os planetas’ todos os dias, agora visível da Terra

por Lucas
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Cientistas da Universidade Nacional da Austrália (ANU) fizeram uma descoberta revolucionária, identificando o buraco negro de crescimento mais rápido já registrado, agora visível da Terra. Esse buraco negro supermassivo, encontrado dentro de um quasar, possui uma massa aproximadamente 17 bilhões de vezes maior que a do Sol em nosso sistema solar.

Um buraco negro, conforme definido pela NASA, é uma concentração de uma quantidade significativa de matéria dentro de uma área muito pequena, criando um campo gravitacional tão intenso que nada, nem mesmo a luz, pode escapar de seu puxão. O quasar que abriga esse buraco negro é caracterizado por uma tempestade de luz brilhante, gerada à medida que gás e poeira são puxados para dentro do buraco negro, liberando uma quantidade imensa de energia e luz capaz de ofuscar galáxias inteiras.

Este quasar foi identificado como o objeto continuamente mais luminoso do universo, um testemunho do imenso poder e energia do buraco negro em seu centro. Apesar de seu brilho, o quasar não é visível a olho nu, mas pode ser observado da Terra usando um telescópio básico de quintal.

A taxa de crescimento deste buraco negro é impressionante, com os pesquisadores estimando que ele esteja acumulando massa equivalente a um Sol e todos os planetas do sistema solar a cada dia. Christian Wolf, o autor principal do projeto de pesquisa e professor associado da ANU, compartilhou insights sobre o crescimento do buraco negro com a ABC, afirmando: “Esse buraco negro consome tanta massa em um único dia quanto existe em todo o nosso sistema solar – o Sol e todos os planetas combinados.”

Descobrir esse colossal buraco negro não foi uma tarefa fácil. A equipe de pesquisa utilizou um dos maiores telescópios do mundo para medir seu tamanho maciço com precisão. O processo, conforme descrito por Wolf, “não foi fácil”, destacando os desafios enfrentados pelos astrônomos na detecção e estudo de fenômenos cósmicos tão distantes e poderosos.

Brian Schmidt, astrofísico da ANU e ex-vice-reitor, expressou seu assombro com a descoberta, dizendo: “Acho que a razão pela qual isso é surpreendente é apenas o fato de a coisa existir. Não é algo que eu pensaria que estaria no universo, parece grande e ativo demais.” Schmidt acredita que essa descoberta desempenhará um papel crucial na compreensão dos buracos negros, que permanecem como um dos objetos mais misteriosos e enigmáticos do universo.

Fonte: ABC

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1 comentário

Mar Anjos 25/02/2024 - 20:40

Isso nos faz pensar, o quão vulneráveis estamos, me dá arrepios só em imaginar que em um piscar de olhos podemos deixar de existir, assim como tudo ao nosso redor.

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