Mistério por trás das aranhas marinhas gigantes finalmente descoberto após 140 anos

por Lucas
0 comentário 517 visualizações

Pesquisadores da Universidade do Havaí em Mānoa fizeram uma descoberta significativa na compreensão dos comportamentos reprodutivos de aranhas-do-mar gigantes na Antártida, um mistério que intrigou cientistas por aproximadamente 140 anos. Os achados, que foram publicados na revista Ecology, esclarecem os hábitos únicos de acasalamento e incubação dessas criaturas enigmáticas, conhecidas por seu tamanho notável devido a um fenômeno conhecido como “gigantismo polar”.

Aranhas-do-mar gigantes, que podem crescer até 30 centímetros de diâmetro, são semelhantes aos aracnídeos encontrados em terra, mas exibem diferenças distintas em seu habitat e métodos de alimentação. Essas criaturas marinhas prosperam em vários ambientes oceânicos, incluindo o mar profundo, onde algumas espécies podem crescer mais do que um prato de jantar. O Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterey destaca sua locomoção em pernas semelhantes a estacas e sua estratégia de alimentação, que envolve o uso de um probóscide tubular para consumir presas, diferenciando-as de seus parentes terrestres.

Mistério por trás das aranhas marinhas gigantes finalmente descoberto após 140 anos

O estudo recente conduzido por Amy Moran, a pesquisadora líder da Universidade do Havaí em Mānoa, e sua equipe, observou o processo reprodutivo das aranhas-do-mar gigantes, um comportamento que permaneceu elusivo para a comunidade científica. Durante a pesquisa, a equipe testemunhou duas aranhas-do-mar em um ritual que parecia ser de acasalamento, seguido por uma das aranhas depositando milhares de ovos no fundo de seu tanque de contenção. Notavelmente, um dos pais permaneceu com os ovos, fixando-os em um substrato rochoso onde incubaram até a eclosão, aproximadamente dois meses depois.

Esta descoberta fornece insights significativos sobre os cuidados parentais exibidos por aranhas-do-mar gigantes, particularmente o papel do macho na incubação dos jovens. “Na maioria das aranhas-do-mar, o pai cuida dos bebês carregando-os enquanto se desenvolvem”, explicou Moran. A observação da postura de ovos e subsequente incubação pelas aranhas-do-mar antárticas marca um primeiro na documentação científica dessas criaturas, destacando os desafios em estudar espécies tão elusivas, muitas vezes ocultas por fatores ambientais como algas.

Mistério por trás das aranhas marinhas gigantes finalmente descoberto após 140 anos

Aaron Toh, um estudante de doutorado da Escola de Ciências da Vida e membro da equipe de descoberta, expressou a natureza fortuita de suas descobertas, declarando: “Tivemos muita sorte de poder ver isso. A oportunidade de trabalhar diretamente com esses animais incríveis na Antártica significou que poderíamos aprender coisas que ninguém jamais havia sequer imaginado.”

O estudo não apenas contribui para a compreensão dos comportamentos reprodutivos de aranhas-do-mar antárticas, mas também enfatiza a importância da pesquisa in situ para desvendar os mistérios da vida no mar profundo. Os insights obtidos desta pesquisa podem abrir caminho para mais estudos sobre os papéis ecológicos e necessidades de conservação dessas e outras espécies marinhas polares, enriquecendo nosso conhecimento da biodiversidade em ambientes extremos.

Deixar comentário

* Ao utilizar este formulário você concorda com o armazenamento e tratamento de seus dados por este site.