NASA fez uma descoberta importante na busca por vida além do planeta Terra

por Lucas
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Imagine olhar para o céu noturno e saber que, entre essas estrelas cintilantes, podem existir planetas muito semelhantes ao nosso, completos com oceanos escondidos sob cascas de gelo. Isso não é apenas um devaneio; é o foco de um estudo da NASA. O estudo traz à luz a possibilidade de 17 exoplanetas abrigarem oceanos de água líquida sob suas superfícies geladas. Vastos oceanos escuros, potencialmente repletos de vida, escondidos sob espessas camadas de gelo, podem estar à espera de serem descobertos.

O interesse se aprofunda ao considerar as atividades geotérmicas únicas desses exoplanetas. Imagine água jorrando através de crostas de gelo em espetaculares gêiseres, uma cena que lembra ficção científica tornando-se uma possibilidade tangível. Os cientistas da NASA não apenas identificaram esses planetas, mas também fizeram estimativas pioneiras da atividade de gêiseres neles. Entre eles, dois estão perto o suficiente para nossos telescópios captarem um vislumbre desses majestosos jatos de água.

A Zona Habitável e Além

Tradicionalmente, a busca por vida no universo tem se concentrado na ‘zona habitável’, uma região tipo Cachinhos Dourados ao redor de uma estrela onde as condições são ideais para a existência de água líquida na superfície de um planeta. No entanto, este estudo sugere uma reviravolta emocionante: a vida poderia existir muito além dessa zona, em planetas muito mais frios e distantes de suas estrelas, segundo o Semana.

Essa revelação traça um paralelo com nosso próprio sistema solar. Pegue Europa, uma das luas de Júpiter, e Encélado, uma lua de Saturno. Apesar de suas superfícies geladas, ambas as luas têm oceanos sob suas crostas, graças ao aquecimento interno. Esse calor vem da tração gravitacional de seus gigantescos planetas anfitriões e luas vizinhas. Se a vida pode existir em ambientes escuros e pressurizados perto de fontes hidrotermais na Terra, quem dirá que formas de vida semelhantes não poderiam prosperar nesses oceanos alienígenas distantes?

A Dra. Lynnae Quick do Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA e sua equipe deram um passo significativo para desvendar esses mistérios. Eles usaram Europa e Encélado como modelos para recalibrar as temperaturas da superfície desses exoplanetas. Ao considerar o calor gerado pelas forças de maré e pelo decaimento radioativo, eles estimaram a espessura das cascas de gelo e o potencial para condições sustentáveis de vida por baixo.

Considere a variedade de espessura estimada do gelo: de uma relativamente fina 58 metros a uma formidável 38,6 quilômetros. Essa variação pinta um quadro de mundos diversos, cada um com seu potencial único para abrigar vida. As previsões da equipe sugerem que as temperaturas da superfície desses exoplanetas são mais frias do que se pensava anteriormente, um detalhe crucial para entender seus ambientes.

Mas não é apenas sobre temperaturas e espessura do gelo. A atividade estimada de gêiseres nesses planetas é verdadeiramente impressionante. Imagine gêiseres em Proxima Centauri b jorrando até seis milhões de quilogramas de água por segundo! Isso não é apenas um espetáculo espetacular, mas também um possível sinal de vida, já que essas erupções poderiam levar compostos orgânicos para a atmosfera do exoplaneta.

As implicações dessa pesquisa são enormes. Para exoplanetas como Proxima Centauri b e LHS 1140 b, cujos oceanos podem estar mais próximos de suas superfícies, a probabilidade de detectar sinais de vida aumenta dramaticamente. Telescópios poderiam detectar esses sinais quando um exoplaneta passa na frente de sua estrela, diminuindo a luz da estrela com vapor de água de seus gêiseres.

Além disso, a composição do vapor de água nessas erupções pode conter pistas sobre a habitabilidade desses mundos distantes. Uma vez que vários elementos e compostos absorvem luz de maneiras específicas, analisar a luz das estrelas filtrada por essas plumas de gêiser pode revelar os blocos de construção da vida como a conhecemos.

Para planetas que não transitam suas estrelas do nosso ponto de vista, ainda há esperança. Telescópios avançados podem detectar a luz refletida por esses exoplanetas, particularmente iluminada por partículas de gelo de gêiseres polindo suas superfícies. Este método pode fornecer outra avenida para detectar e estudar esses fascinantes corpos celestes.

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